Foto: reprodução internet

Preocupação com planta daninha que pode destruir lavouras chega ao PR

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A gente já mostrou aqui no Sou Agro sobre a preocupação com focos de Amaranthus palmeri (ou caruru-gigante, como também é conhecido), no Mato Grosso do Sul. Esta é uma planta daninha exótica, de crescimento rápido e que causa grandes perdas nas lavouras.

E esse alerta já chegou ao Paraná que elaborou um plano de Ação por meio Adapar para especificar as atividades e prazos de implementação para o monitoramento da planta que pode produzir de 100 mil a um milhão de sementes, além de poder reduzir a produtividade de soja, milho e algodão em até 90%.

 

O coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, destaca o perigo da planta para a produção. “A espécie é de crescimento rápido e extremamente agressiva. O trabalho prevê a união de esforços com a Universidade Federal do Paraná e a Embrapa Soja. Não há registro da planta em solo paranaense, mas já foi observada em plantações de vários municípios de Mato Grosso, desde 2015, e, mais recentemente, em Aral Moreira e Naviraí, no Mato Grosso do Sul, o último próximo à divisa com o Paraná,” afirmou.

De acordo com a Embrapa Soja, sementes dessa planta podem ser disseminadas, principalmente, por quedas naturais, canais de irrigação, máquinas e equipamentos agrícolas, compostos para adubação e esterco animal, além de pássaros e mamíferos.

As aves podem consumir proporcionalmente grandes quantidades de sementes dessa espécie e apresentam alto potencial para sua disseminação. Já foi registrada dispersão de caruru-palmeri por pombinhas a mais de 200 quilômetros de distância.

O Plano de Ação da Adapar busca reduzir as chances dela se desenvolver no Estado e, no caso de ocorrência, ter pré-definido todos os passos do monitoramento e erradicação. Estão previstas diversas metas, como capacitação de servidores para atuar no monitoramento, realização de análises para definir rotas e áreas com maior risco de introdução do caruru no Estado, realização de levantamento de detecção e emissão de alerta aos Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário para reforçar o controle do trânsito de máquinas e implementos agrícolas. Segundo Marcílio, os produtores também precisam estar atentos para o controle.

O produtor deve realizar o monitoramento na propriedade e, em caso de suspeita de ocorrência de carurus de difícil controle e com disseminação nos campos agrícolas, comunicar imediatamente a Adapar.

(Com AEN)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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